"Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

(Clarice Lispector)

O Beijo

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Gustav Klimt (1907)
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sobre a Verdade (por Andréa Naritza)

Vivemos no tempo da bandeira da verdade a todo custo.

É mais um dos anseios do mundo politicamente correto, onde o comportamento humano segue o recorte dos mais belos, dos mais lindos e dos mais virtuosos.

Esse é o contexto geral, mas até que ponto as verdades arremessadas de qualquer forma e com o sabor amargo das frustrações podem fazer brotar algo saudável e construtivo?

O que se ganha de fato quando se faz questão de escutar nos mínimos detalhes a meias verdades já conhecidas implicitamente?

Cada qual escolhe que rumo seguir e que postura adotar. Eu já escolhi a minha.

Deixo claro que levarei comigo para o túmulo algumas verdades que precisam ser apenas minhas e que não faço questão de conhecer tudo que as pessoas creem ao meu respeito.

Prefiro contar com a indulgência alheia ao me afogar nas certezas que não me acrescentam mais nada, ou com os detalhes que já não se enquadram ao contexto.

Prefiro seguir adiante comigo e com todo o entendimento que fui capaz de construir a partir dos diálogos com a minha consciência.

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