"Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

(Clarice Lispector)

O Beijo

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Gustav Klimt (1907)
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sobre Relacionamentos (por Andréa Naritza)

A interação que rege os relacionamentos se revela como a verdade sobre a vida.


Configura o que mais se aproxima da alma, pois nos impele a tirar a máscara em algum instante, qualquer que seja.

Mesmo que levem anos a fio, obriga cada um dos envolvidos a despir-se por inteiro.

É a emoção que governa e dita regras, e ai daquele que decidir não se render a ela.

A gente sofre, chora, goza, faz graça, se desespera, sobrevive e depois se transforma.

E, quando alcança o amadurecimento necessário para internalizar o aprendizado, encontra o maior tesouro: a plenitude.

Percebe-se que tudo faz parte de um plano concebido pelo universo que, na sua própria bagunça, faz brotar no indivíduo a sensação de chegar ao lugar certo.

O destino jamais foi divulgado, mas de alguma forma, todas as forças e todos os ventos conduziram a caminhada milimetricamente acertada.

Nada ficou eternamente para trás, embora a transitoriedade seja a força que governa os tempos de idas e vindas.

Não há pressa nem demora e felizes são aqueles que descobrem o compasso ainda no meio do trajeto.

Aqueles que não precisam chegar ao final de tudo para saber que o tempo da vida tem sua própria vontade.

O mais belo nesse processo é que, incondicionalmente, sempre existem trocas.

E o amor sela os pactos por ser a melhor expressão do crescimento conjunto na esfera material.

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